Moradores do Jardim Pantanal enfrentam dificuldades com a cobrança de IPTU em uma área propensa a alagamentos. Situada na zona leste de São Paulo, a região sofre com enchentes recorrentes, deixando os moradores sem serviços básicos após tempestades, como limpeza das ruas e coleta de entulho. Mesmo em condição irregular, os residentes recebem anualmente os carnês de IPTU, sem usufruir de isenções.
Após uma inundação recente que desalojou famílias inteiras, o Rio Tietê levou dias para baixar seu nível, deixando quarteirões submersos. Moradores como o marceneiro Fabrício Oliveira Alves, de 44 anos, testemunharam a destruição e a falta de ação das autoridades locais, enquanto continuam a pagar valores significativos de impostos sem qualquer benefício.
O cenário de desolação é evidenciado pela presença de lama, entulho e móveis destruídos nas ruas do Jardim Pantanal, como testemunhado por moradores como Priscila Rodrigues e o marceneiro Alves. A professora Ellen Vieira de Souza Fonseca, solidária aos que perderam tudo, critica a ausência de suporte da administração municipal e a notificação de desapropriação recebida por alguns moradores.
As idas e vindas no discurso do prefeito local, Ricardo Nunes, refletem a indefinição sobre a situação das famílias afetadas, alternando entre a regularização da área e a retirada das pessoas do local. Enquanto isso, os moradores lidam com as consequências da falta de providências efetivas, contrastando com a cobrança de IPTU.
A Prefeitura de São Paulo justifica que o IPTU é vinculado à propriedade e não à situação documental, possibilitando isenções para imóveis atingidos por alagamentos. Equipes municipais realizam a limpeza e monitoramento da região, retirando toneladas de resíduos e auxiliando as famílias impactadas. Medidas emergenciais, como distribuição de alimentos, cartões emergenciais e assistência às famílias, são destacadas como parte dos esforços concentrados na região do Jardim Pantanal.
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