Após assumir a presidência da Câmara dos Deputados em meio a um período de campanha discreta em relação a temas polêmicos, Hugo Motta (Republicanos-PB) concedeu entrevistas revelando sua inclinação a questões criticadas pelo governo Lula (PT).
Dentre os temas abordados estão a anistia a condenados pelo 8/1, a modificação na lei da Ficha Limpa e a proposta de emenda à Constituição (PEC) do semipresidencialismo.
Motta também foi contundente em sua avaliação da administração petista em relação à condução da economia, enfatizando que o Congresso não aceitará projetos que aumentem a carga tributária e que o governo precisa agir com maior responsabilidade na gestão dos gastos públicos.
Ele foi eleito para o cargo no início do mês com expressiva votação de 444 votos, obtendo apoio tanto do PT de Lula quanto do PL de Jair Bolsonaro, as duas maiores bancadas da Casa.
Em relação ao projeto de anistia aos envolvidos nos ataques às sedes dos Poderes em 2023, Motta considerou a ação uma violência contra as instituições, porém não caracterizou como tentativa de golpe.
O deputado também comentou sobre a revisão da Lei da Ficha Limpa, que visa reduzir o período de inelegibilidade de políticos condenados por abuso de poder político ou econômico e uso indevido dos meios de comunicação, beneficiando o ex-presidente para as eleições de 2026.
Em relação à proposta de implementação do semipresidencialismo no Brasil, Motta manifestou apoio à discussão, mas ponderou que a iniciativa não deveria ser considerada para as próximas eleições de 2026 ou 2030.
As declarações de Motta em relação a esses temas geraram críticas de aliados do governo Lula, porém o novo presidente da Câmara enfatizou a importância do equilíbrio fiscal e da responsabilidade na gestão financeira do país para garantir estabilidade econômica futura.
Ele destacou a necessidade de reavaliar a qualidade dos gastos públicos, ressaltando que o aumento na arrecadação não é a solução se não houver controle nos gastos. A estabilização da economia é vista como fundamental para a efetividade do governo e a possibilidade de reeleição em 2026.
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