A OpenAI, empresa inovadora dos Estados Unidos conhecida pelo ChatGPT, revelou nesta quarta-feira (30) uma nova funcionalidade de “pesquisa profunda” para seu chatbot de inteligência artificial. Esse lançamento ocorre em um contexto de mercado altamente competitivo, sobretudo com a crescente ascensão da empresa chinesa DeepSeek. A notícia chega pouco antes de uma reunião entre o CEO da OpenAI, Sam Altman, o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba e o presidente do SoftBank, Masayoshi Son, em Tóquio.
De acordo com a OpenAI, essa nova ferramenta capacita o ChatGPT a examinar e sintetizar dados de centenas de fontes na internet para produzir relatórios detalhados, oferecendo um nível de análise comparável ao de especialistas. “A pesquisa profunda realiza em minutos o que levaria horas para um indivíduo”, ressaltou a empresa em comunicado oficial.
Em uma demonstração ao vivo, pesquisadores da OpenAI exemplificaram a funcionalidade da ferramenta ao reunir e resumir rapidamente informações sobre equipamentos de esqui para uma viagem ao Japão, utilizando dados disponíveis online.
A OpenAI tem ampliado sua influência global e busca estabelecer novas parcerias estratégicas. Sam Altman, além da reunião no Japão, está fortemente envolvido no projeto Stargate, uma iniciativa que prevê investimentos de pelo menos US$ 500 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos. Recentemente, o projeto foi apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O magnata japonês Masayoshi Son, do SoftBank, também participou da cerimônia de posse de Trump em janeiro.
O lançamento dessa ferramenta pela OpenAI acontece em meio a uma competição acirrada no setor de inteligência artificial. A startup chinesa DeepSeek tem ganhado destaque com seu chatbot avançado, desenvolvido a um custo consideravelmente inferior aos concorrentes ocidentais.
Em uma entrevista ao jornal japonês Nikkei, Sam Altman abordou o avanço da China na área da inteligência artificial e alertou sobre os perigos de essa tecnologia ser utilizada por governos autoritários para fortalecer mecanismos de vigilância e controle populacional.
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