O rapper Oruam se manifestou após a revelação de que a corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro instaurou um inquérito para investigar a atitude de um policial que, durante o expediente, tirou uma selfie com o artista. Em uma rede social, Oruam escreveu: “Eu não tenho um dia de paz, ele só queria um vídeo para a filha dele”. A postagem foi acompanhada de emojis de choro.
O policial que solicitou a foto a Oruam se tornou alvo de um processo administrativo. Considerou-se o fato de ele estar fardado e em horário de serviço, bem como a carreira artística do rapper. Em entrevista, o comandante-geral da PM, Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou:
“Determinei a abertura de inquérito policial militar, de cunho interno, a ser realizado pela corregedoria. Não farei julgamento preliminar, mas entendo que não é recomendável associar um órgão policial a um rapper que exalta o fato de ser filho de traficante. À medida que o policial está fardado, a serviço da segurança do estado, efetivamente minha visão é que não é desejável essa conduta. Repudio a posição do policial. Ela não representa a posição da Polícia Militar do Estado Rio de Janeiro”, disse.
“Sem prejulgar, vamos promover a oitiva do policial para entender a dinâmica e a circunstância do ato. Vamos apurar respeitando o direito ao contraditório e à ampla defesa”, prosseguiu o chefe da Polícia Militar.
As letras de Oruam têm gerado controvérsias, sendo criticadas por suposta apologia ao crime e às drogas. Recentemente, a vereadora paulistana Amanda Vettorazzo (União Brasil) propôs um projeto de lei para proibir que o cantor receba recursos públicos para se apresentar em São Paulo.
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