A investigação resultou na apreensão de uma mansão e dinheiro pertencentes a Cynthia Giglioli Herbas Camacho, esposa de Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). A propriedade avaliada em R$ 3 milhões, localizada em um condomínio de luxo em Carapicuíba, foi confiscada, juntamente com R$ 479,7 mil, por determinação da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
O montante, proveniente de contas bancárias de Cynthia e de uma empresa utilizada como fachada para lavar dinheiro do tráfico de drogas, será direcionado ao Fundo de Incentivo à Segurança Pública (Fisp). Os recursos serão aplicados em iniciativas de inteligência e melhoria das estruturas das polícias Civil e Militar.
A possibilidade de captar esses recursos foi viabilizada pela regulamentação da Lei de Lavagem de Dinheiro em São Paulo, que estabeleceu que bens apreendidos do crime organizado, como a mansão de Marcola, serão leiloados, e o valor obtido será destinado ao Fisp.
Para gerenciar esse processo, foi criado o Núcleo de Recuperação de Ativos, liderado por um delegado de polícia. O objetivo é mapear os bens apreendidos pela Justiça, com foco nos que foram confiscados ou sequestrados, como no caso da mansão em Carapicuíba.
Em novembro de 2024, Marcola e Cynthia foram condenados por crime de lavagem de dinheiro, com penas que variaram de 4 a 6 anos de prisão. Além disso, os pais de Marcola também foram condenados a 3 anos de detenção por participarem da compra do imóvel.
A mansão confiscada está de acordo com o artigo 7º da Lei nº 9.613/98 que determina a perda de bens vinculados diretamente a crimes, em favor da União ou dos Estados.
Sobre a Propriedade
A mansão adquirida por R$ 1,1 milhão em dinheiro está localizada no condomínio Alphaville Granja Viana, que oferece diversas comodidades, como salão de festas, academia, piscinas, quadras esportivas, sistemas de segurança, áreas de lazer e natureza preservada. O local é reconhecido por seu luxo e conforto, garantindo qualidade de vida aos seus moradores.
História do Casal
Marcola e Cynthia se casaram em 2007, em uma cerimônia realizada dentro do Presídio de Segurança Máxima. O casamento, que ocorreu após sete anos de relacionamento, refletiu as restrições do ambiente prisional, sem toques físicos entre o casal e um vidro reforçado os separando durante a celebração.
Essa história singular envolvendo o casal e a apreensão da mansão demonstra a atuação das autoridades no combate à lavagem de dinheiro ligada ao crime organizado, direcionando recursos para fortalecer a segurança pública e combater atividades ilícitas.
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