A Polícia Federal (PF) implementa mudanças na forma de contabilizar operações durante o governo Lula. A revisão da metodologia da Polícia Federal para contabilizar operações contra crimes como corrupção e lavagem de dinheiro e a apreensão de itens nessas ações afeta diretamente a análise estatística. A partir de 2024, a contagem das operações e dos valores dos itens apreendidos seguirá novos critérios, impossibilitando a comparação com períodos anteriores. Isso impacta a avaliação da eficiência da gestão do diretor-geral, Andrei Passos, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva. A mudança, essencial para garantir precisão nos dados, restringe agora a contabilização às operações realizadas por delegados com autorização judicial, eliminando apoios a outras operações e monitoramentos por drones, por exemplo.
A contagem anteriormente realizada pela PF incluía operações de apoio em outros estados e monitoramentos diversos, distorcendo os índices de produtividade. A mudança, comunicada após solicitação de informações pelo Metrópoles através da Lei de Acesso à Informação, revelou uma redução de 34% nas operações durante os primeiros anos do governo Lula em comparação com o início do governo Bolsonaro.
Além disso, houve ajuste nos critérios de valoração das apreensões, considerando a localidade e o contexto das apreensões para estabelecer valores mais precisos. Com isso, as bases de comparação futuras para avaliar o desempenho de cada gestão da PF estarão alteradas. Vale destacar que a revisão da metodologia não afetará os dados anteriores, mantendo a consistência.”
Apesar das mudanças, os números das prisões permanecem estáveis. O Metrópoles apontou uma queda de 78% nas detenções por corrupção nos últimos seis anos, com apenas 136 casos em 2024. Durante o governo Bolsonaro, o menor número de prisões ocorreu em 2022. Comparando apenas os dois primeiros anos de cada governo, a gestão do ex-presidente registrou mais detenções do que a atual.
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