Piso da enfermagem: possível equiparação salarial entre auxiliares e técnicos causa pouco impacto financeiro, defende Cofen

Publicado:

O equilíbrio dos salários entre auxiliares e técnicos de enfermagem pode não gerar um impacto financeiro significativo, de acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Em meio às discussões sobre essa equiparação, o Cofen afirma que, em certos casos específicos, igualar os salários seria justo e não acarretaria em custos expressivos.

Segundo o vice-presidente da entidade, Daniel Menezes, embora a legislação categorize as funções de auxiliar e técnico de enfermagem de forma distinta, na prática, alguns profissionais possuem regulamentação para atuar em ambas as funções. Esses profissionais, contratados como auxiliares, muitas vezes desempenham tarefas específicas de técnicos, o que justifica a equiparação salarial em determinados casos.

Nos últimos anos, houve um declínio significativo no número de auxiliares de enfermagem, devido à formação que muitos têm buscado para se tornarem técnicos. Atualmente, a maioria dos profissionais atuantes são técnicos de enfermagem, o que, segundo Menezes, não resultaria em um aumento substancial de despesas se a equiparação salarial fosse implementada.

Em relação aos possíveis impactos fiscais, o especialista em orçamento público Cesar Lima acredita que a equiparação poderia resultar em mais gastos públicos para compensar a diferença salarial entre as categorias. Além disso, Lima aponta que a empregabilidade dos auxiliares na rede privada poderia ser afetada pela equiparação, levando os hospitais a preferirem contratar técnicos em vez de auxiliares.

Portanto, a igualdade salarial entre auxiliares e técnicos de enfermagem, mesmo que possa gerar ajustes orçamentários, é considerada uma medida justa pelo Cofen, refletindo as habilidades e formações dos profissionais da área.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Indústria brasileira terá programa nacional para cuidar da saúde mental dos trabalhadores

Parceria entre SESI e Ministério da Saúde inclui pesquisa inédita e sete eixos de ação, do combate a arboviroses à prevenção da depressão

“Quem tem Chagas, tem pressa”: projeto busca tratar pacientes mais perto de casa

Iniciativa aproxima diagnóstico e tratamento para pacientes contaminados com a doença de Chagas, com testes rápidos e atenção primária

Falta de saneamento básico leva mais de 80 mil idosos à internação de no Brasil

Levantamento do Instituto Trata Brasil mostra que pessoas com mais de 60 anos responderam por 23,5% das hospitalizações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado