O presidente iraniano acusa Trump de querer subjugar o país
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, fez duras críticas a Donald Trump, acusando-o de tentar forçar a República Islâmica a se render e se submeter à pressão dos Estados Unidos. Em seu discurso em comemoração ao 46º aniversário da revolução que depôs a monarquia Pahlavi, Pezeshkian afirmou que Trump está determinado a enfraquecer a Revolução Iraniana com suas ações e políticas.
As alfinetadas de Pezeshkian estão relacionadas a um comunicado assinado por Trump na terça-feira, que prevê a imposição de novas sanções ao Irã. O presidente americano tem adotado uma postura de “pressão máxima” contra o país persa, especialmente em relação ao seu programa nuclear, declarando que o Irã não pode possuir armas nucleares, reiterando essa posição enfaticamente na quarta-feira.
Durante seu mandato anterior, de 2017 a 2021, Trump retirou os EUA do acordo nuclear firmado entre o Irã e potências ocidentais, restabelecendo sanções contra o país. O acordo, assinado em 2015 com EUA, França, Alemanha, Reino Unido, China e Rússia, visava limitar o programa nuclear iraniano em troca do alívio de sanções econômicas.
Desde a saída dos EUA do acordo nuclear, as tentativas de reativá-lo têm sido infrutíferas. O Irã defende que seu programa nuclear tem caráter exclusivamente pacífico e reafirma sua posição de não buscar confrontos. Pezeshkian enfatizou que o país jamais se renderá.
Nos últimos dias, autoridades iranianas têm convocado a população a participar das celebrações em Teerã e outras cidades do país, que marcam o aniversário da queda da monarquia Pahlavi. O evento tem início em 31 de janeiro, data em que o aiatolá Ruhollah Khomeini retornou a Teerã em 1979, após seu exílio em Paris.
Imagens da televisão estatal mostraram manifestantes expressando descontentamento contra americanos e israelenses em diferentes cidades do Irã, como Shiraz, Bandar Abbas, Rasht, Mashhad, Kermanshah e Sanandaj.
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