O empresário José Marcos de Moura, conhecido como o Rei do Lixo, liderou a Limp City, empresa do consórcio, em negociações obscuras que resultaram em contratos sem licitação no valor de R$ 50 milhões para serviços de limpeza urbana na cidade de Eunápolis, Bahia. Associado ao partido União Brasil, mesmo da ex-prefeita Cordélia Torres, o empresário foi alvo da Operação Overclean, que desmantelou um esquema bilionário de corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações, conforme a Controladoria-Geral da União.
O contrato inicial, firmado emergencialmente, previa R$ 16.732.241,40 para seis meses de serviços, porém, com dois termos aditivos, o montante alcançou R$ 50.196.724,2 para um período estendido de um ano e meio. Cordélia Torres, ex-prefeita alinhada com o União Brasil, foi protagonista nessas decisões polêmicas.
Escândalo e Privilégios
Moura administra o consórcio Ecosal, que envolve outras empresas. A Limp City faz parte desse conglomerado que chama atenção pelo capital social de R$ 27,5 milhões. A empresa, cuja sede fica a 650 km de Eunápolis, teve raízes em contratos de caráter duvidoso.
Enquanto isso, a gestão de Cordélia foi marcada por recebimento privilegiado de emendas parlamentares, somando R$ 54,2 milhões durante seu mandato, incluindo recursos de orçamentos secretos.
A prisão de Moura, conhecido pelo apelido “Rei do Lixo da Bahia”, integrou a mesma operação que prendeu o vereador Francisco Nascimento, primo do líder do União Brasil na Câmara. Outrora libertado por decisão do TRF-1, o empresário e membros do partido foram alvos de investigações e escândalos na cidade.
Essa trama de corrupção e conluios políticos impactou diretamente a população da cidade e expõe a urgência de transparência e responsabilidade nos processos de licitação e gestão pública. É fundamental que casos como esse sejam investigados e trazidos à tona para o bem da sociedade.
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