Ítallo Moreira de Almeida, ex-diretor administrativo da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, está sendo procurado pela Polícia Federal por seu suposto envolvimento em um esquema de fraudes e desvios de recursos públicos. Ítallo foi alvo de um mandado de prisão durante a Operação Overclean, realizada em 10 de dezembro de 2024, porém, não foi encontrado e agora está foragido.
De acordo com as investigações da PF, Ítallo Almeida, ex-funcionário da Secretaria de Educação do Estado do Tocantins, é acusado de favorecer empresas vinculadas ao empresário Alex Parente, apontado como líder da organização criminosa. Em contrapartida, ele teria recebido benefícios ilícitos através de intermediários, resultando em desvios financeiros. Pelo menos R$ 172.590,00 foram transferidos para contas indicadas por ele.
Entre as evidências coletadas, a PF encontrou trocas de mensagens entre Ítallo e Alex Parente, nas quais informações bancárias eram compartilhadas para transferências de valores. O ex-diretor deletava as mensagens logo após a confirmação do recebimento, dificultando a identificação das transações.
O pedido de prisão preventiva foi emitido pela PF e confirmado pela Justiça, que permaneceu com a ordem de prisão. A desembargadora Danielle Maranhão, do TRF-1, negou o habeas corpus em 14 de janeiro. Posteriormente, a Procuradoria Regional da República (PRR) encaminhou o caso ao STF. Agora, a situação de Ítallo será avaliada pelo ministro Kassio Nunes Marques, relator do caso no Supremo Tribunal Federal.
Operação Overclean
A Operação Overclean desvendou um esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações e contratos públicos superfaturados, movimentando aproximadamente R$ 1,4 bilhão. O esquema se beneficiava, principalmente, de emendas parlamentares destinadas a obras públicas e prestação de serviços.
Os principais alvos da operação incluem Alex Rezende Parente, Fábio Rezende Parente e José Marcos Moura, conhecido como o “rei do lixo” na Bahia. Eles são apontados como líderes da organização criminosa, usando empresas como Allpha Pavimentações, Larclean Saúde Ambiental e Qualymulti Serviços para fraudar contratos públicos.
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