Fraude e Impunidade: Desembargador Condenado por Violência Doméstica Escapa de Punição
O desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Eduardo Mattos Gallo Junior, foi absolvido pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em um caso de violência doméstica. Embora inicialmente condenado a 1 ano, 6 meses e 10 dias de detenção em regime aberto, a prescrição punitiva levou à extinção da punibilidade do réu, impedindo o Estado de aplicar a punição.
Os ministros do STJ decidiram por unanimidade, acompanhando o voto do relator, Sebastião Reis Jr, que ressaltou a consistência do depoimento da vítima e das evidências fotográficas das agressões, atribuindo claramente a autoria ao desembargador no crime de lesão corporal. O caso também envolve a divulgação de um vídeo em que Gallo aparece nu, alegando ter sido agredido pela ex-companheira.
Outro fato grave envolvendo o desembargador são as acusações de corrupção feitas por um advogado, que afirmou que Gallo solicitou propina de R$ 500 mil para favorecer um caso. Além disso, ele foi condenado por conduta antiética e falta de decoro, resultando em sua aposentadoria compulsória. No entanto, Gallo posteriormente retornou ao cargo.
O caso expõe não apenas a impunidade diante de atos de violência doméstica, mas também a recorrência de condutas questionáveis por parte de autoridades judiciais. A sociedade clama por uma justiça verdadeiramente igualitária e íntegra, capaz de coibir e punir condutas abusivas e antiéticas, independentemente do cargo ou posição social dos envolvidos.
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