Durante a cerimônia de abertura do Festival de Berlim deste ano, a renomada atriz Tilda Swinton fez um discurso contundente contra a persistência dos assassinatos em massa que assolam diversas regiões do planeta. Ao receber um prêmio pela sua carreira, a artista subiu ao palco e não hesitou em denunciar os atos de terrorismo perpetrados por Estados, sem mencionar locais específicos.
Sem rodeios, Swinton afirmou: “Estes são os fatos que precisam ser enfrentados. A desumanidade está sendo perpetuada diante de nossos olhos. Estou aqui para destacá-la sem medo ou incerteza, estendendo minha solidariedade a todos que reconhecem a conivência inaceitável de nossos governos ávidos por ganância, que se associam a destruidores do planeta e criminosos de guerra, não importa de onde venham.”
Os contundentes comentários de Tilda Swinton surgiram em meio às críticas feitas por Todd Haynes e Rodrigo Moreno, presidente e membro do júri do festival, respectivamente, contra o presidente americano Donald Trump e o argentino Javier Milei, durante uma coletiva de imprensa.
Haynes expressou sua preocupação com ações desestabilizadoras de Trump nas primeiras semanas de seu mandato, ressaltando a importância da resistência. Enquanto isso, Moreno não poupou críticas a Milei, descrevendo-o como “maluco e fascista”, lamentando os cortes que afetaram a produção cinematográfica argentina.
O Festival de Berlim, que se estende até o dia 23 de fevereiro, é palco não só de celebração do cinema, mas também de reflexões e denúncias sobre questões políticas e sociais que permeiam a atualidade.
Comentários Facebook