O deputado estadual Tiago Correia, líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e presidente do PSDB-BA, contestou a iniciativa do governador Jerônimo Rodrigues (PT) de atrair prefeitos da oposição no interior do estado. Correia questionou a real intenção desses gestores em aderir ao governo, rotulando a ação como uma estratégia enganosa voltada à opinião pública.
“Estão mergulhados no mundo de Nárnia ou acreditam na possibilidade de ludibriar a população, agindo como se não houvesse mais divisões na política? Parece que o espírito do Carnaval está afetando a lucidez das pessoas!”, ironizou o parlamentar.
O deputado ressaltou que os prefeitos que estão se aproximando do governo estadual sempre foram opositores do PT e continuam priorizando os interesses de seus municípios. “Hildécio, prefeito de Cairu, foi deputado estadual e um combativo líder da oposição, adversário ferrenho do PT, apoiou a campanha de ACM Neto. Agora, como prefeito, é natural que solicite apoio do governo estadual e esteja aberto ao diálogo. Como político astuto, é evidente que manteria um canal aberto com o governo estadual”.
Correia também mencionou o prefeito de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo (União Brasil), conhecido por sua aliança com o bolsonarismo. “Marcelo Belitardo é um bolsonarista convicto e declarado. Na campanha eleitoral, foi alvo de críticas por Lula e Jerônimo em sua cidade. Alguém duvida que ele está agindo em prol dos interesses de Teixeira de Freitas?”, questionou.
Em relação a Zé Cocá (PP), prefeito de Jequié e um dos possíveis candidatos a vice na chapa de ACM Neto para o governo estadual, Correia destacou os obstáculos enfrentados por ele. “Zé Cocá enfrentou dificuldades consideráveis com a pressão exercida pelo governo em Jequié, representado de forma significativa pelo grupo do deputado federal Antônio Brito”.
As declarações do deputado surgem após a visita de Jerônimo Rodrigues a Cairu, onde anunciou novos investimentos e avançou na aproximação com o prefeito Hildécio Meireles (União). Contudo, para Tiago Correia, essa suposta adesão não passa de uma ilusão política.

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