Há 10 anos, foi promulgada a Lei do Feminicídio, um marco na luta contra a violência de gênero no Brasil. No entanto, os números recentes revelam uma realidade alarmante em São Paulo, com uma média de uma morte a cada 2,3 dias. Os dados da Secretaria da Segurança Pública evidenciam um aumento nos casos nos últimos anos, tornando claro que a violência contra a mulher persiste como uma chaga social.
Uma das vítimas mais recentes foi a empresária Brenda Bulhões, assassinada aos 26 anos pelo ex-namorado. A dor da mãe, Elisangela da Silva, traduz a brutalidade e a tristeza que permeiam esses atos covardes.
Os números revelam que a maioria dos feminicídios ocorre dentro de casa, gerando ainda mais sofrimento e impotência para as vítimas. Mulheres pardas e pretas são as mais atingidas, representando 4 em cada 10 vítimas.
A subnotificação ainda é uma realidade preocupante, destacada pela advogada Tatiana Naumann, que ressalta a importância de denunciar e buscar ajuda diante de qualquer sinal de violência. Medidas protetivas têm sido uma ferramenta crucial, mas nem sempre suficiente para evitar tragédias como a de Elaine Domenes de Castro, morta em frente à própria casa.
Com um cenário cada vez mais grave, o recrudescimento da lei tem sido uma resposta necessária. O aumento nas penas para os agressores visa coibir essas práticas e trazer mais segurança para as mulheres.
No entanto, é fundamental que a sociedade esteja atenta e engajada na denúncia e no combate à violência de gênero. Para isso, canais de ajuda e amparo estão disponíveis, como o serviço do Disque 180 e as Delegacias de Defesa da Mulher, que desempenham um papel fundamental na proteção das vítimas.
Denunciar é o primeiro passo para romper com o ciclo de violência e construir uma sociedade mais justa e igualitária para todas as mulheres. Juntos, podemos e devemos lutar por um futuro onde o feminicídio seja apenas uma triste lembrança do passado.
Facebook Comments