Os motivos de Moraes para os 14 anos à mulher do “Perdeu, mané”

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

No mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes emitiu seu voto pela condenação de Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão por ter pichado a estátua “A Justiça” com a frase “Perdeu, mané” durante os protestos de 8 de janeiro, a proporção da pena foi questionada, gerando críticas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Débora está detida desde março de 2023, quando foi alvo da 8ª fase da Operação Lesa Pátria, conduzida pela Polícia Federal (PF).

O julgamento teve início na última sexta-feira (21/3), em ambiente virtual, sendo Moraes o primeiro a votar, determinando a pena de 14 anos, com 12 anos de reclusão. O ministro Flávio Dino acompanhou o voto. No entanto, o julgamento foi interrompido após um pedido de vista do ministro Luiz Fux, com previsão de término em 28/3.

Além da condenação pelo dano ao patrimônio, em decorrência da pichação na estátua, Moraes classificou o caso como envolvendo crimes multitudinários.

O voto de Moraes incluiu Débora em cinco acusações:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito — 4 anos e 6 meses de reclusão
  • Golpe de Estado — 5 anos de reclusão
  • Dano qualificado — 1 ano e 6 meses de detenção, além de 50 dias-multa
  • Deterioração do patrimônio tombado — 1 ano e 6 meses de reclusão, mais 50 dias-multa
  • Associação criminosa armada — 1 ano e 6 meses de reclusão

Moraes afirmou que a coparticipação de Débora ficou evidenciada. “Nesse contexto de crimes multitudinários, a coparticipação de Débora Rodrigues dos Santos é plenamente comprovada pela evidência nos autos”, declarou Moraes em seu voto.

O voto refere-se à acusação do Procurador-Geral da República, segundo a qual Débora, “de forma livre, consciente e voluntária […], associou-se a centenas de pessoas, algumas armadas, cometendo atos que questionavam a integridade do sistema eleitoral”.

Moraes salientou que não se trata de punir “manifestações críticas”, mas sim ações que visam violar os princípios republicanos, o que é considerado inconstitucional.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Projeto “Cortando Chão”, de Natanzinho Lima, deve ter edição em Salvador em 2026

Meta descrição: Natanzinho Lima apresenta Cortando Chão no Festival Virada Salvador, destacando um projeto musical gratuito que homenageia caminhoneiros, com planos para um...

VÍDEO: Natanzinho Lima anima o público com remelexo e interação com criança no Festival Virada

Terceira atração da noite no Festival Virada Salvador, Natanzinho Lima levou o público da Arena O Canto da Cidade, na Boca do Rio,...

Pais de jovem atropelado pela namorada não conseguem cuidar do funeral

Um caso de homicídio doloso duplamente qualificado está em investigação na zona sul de São Paulo. Raphael Canuto Costa, 21, e Joyce Correa...