Banco Central eleva projeção de inflação e risco de estouro da meta em 2025

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O Banco Central divulgou uma atualização em suas projeções para a inflação, apontando um aumento na estimativa de probabilidade de ultrapassar o teto da meta em 2025, passando de 50% para 70%. Isso significa que há uma preocupação crescente em relação ao controle dos índices inflacionários. A meta de inflação, agora contínua, é baseada no IPCA acumulado em 12 meses. O BC considera que a meta será descumprida se o índice ultrapassar o intervalo de tolerância por seis meses seguidos, com o alvo central fixado em 3%, margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

As projeções indicam que, em 2025, o IPCA deve encerrar o ano em 5,1%, caindo para 3,9% no terceiro trimestre de 2026, que é considerado um momento crucial para a política monetária. O Banco Central não espera que a inflação se aproxime do centro da meta de 3% até, pelo menos, o terceiro trimestre de 2027. Os dados detalhados mostram um panorama de inflação em 5,6% no primeiro e terceiro trimestres de 2025, 5,5% no segundo e 5,1% no último trimestre do mesmo ano. Para 2026, a expectativa é de 3,7% no fechamento do ano e de 3,1% no terceiro trimestre de 2027.

O BC também divulgou projeções para os preços livres e administrados. A inflação dos preços livres é estimada em 5,1% em 2025, 3,8% até o terceiro trimestre de 2026 e 3,0% no terceiro trimestre de 2027. Já os preços administrados devem subir 4,3% em 2025, 4,2% em 2026 e 3,7% em 2027, evidenciando um cenário desafiador para o controle inflacionário nos próximos anos.

Essas projeções consideram o cenário atual, com a taxa Selic prevista na pesquisa Focus de março, câmbio inicial de R$ 5,80 ajustado pela paridade do poder de compra, preços do petróleo seguindo a curva futura por seis meses e um aumento de 2% ao ano. Além disso, o BC prevê a manutenção da bandeira tarifária verde no setor elétrico até o final de 2025, impactando também nas estimativas de inflação.

A revisão nas projeções do Banco Central alerta para a necessidade de monitoramento constante e ações preventivas para controlar a inflação e manter a estabilidade econômica nos próximos anos.

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