No bairro do Noroeste, o motociclista e militar Roni Edison Ciolatti, 61 anos, está atento ao crescente número de acidentes de trânsito. Os dados do Departamento de Trânsito (Detran-DF), obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, revelam um aumento alarmante de 245% no número de ocorrências entre 2020 e 2024 neste bairro de alto padrão imobiliário.
Roni Edison testemunhou pessoalmente uma colisão grave entre uma motocicleta e um carro, enfatizando a necessidade de redutores de velocidade para conter a crescente violência no trânsito local.
Comerciantes locais, como Jandira Jaime, relatam avistar acidentes com frequência, evidenciando a urgência de medidas para garantir a segurança viária. O bairro, projetado para ser exemplar, enfrenta desafios de mobilidade devido ao aumento do tráfego, subutilização de vias estratégicas e problemas de sinalização deficiente.
A mudança de perfil viário, com a Avenida W7 se tornando uma via principal em detrimento da W9, originalmente planejada para essa função, impacta diretamente a segurança dos moradores. Propostas de sentido único em saídas de quadras e melhorias na infraestrutura viária são defendidas por residentes, incluindo medidas para amenizar o cenário preocupante descrito no bairro.
O presidente da Associação dos Moradores do Noroeste (Amonor), Ricardo Pierry de Freitas, enfatiza a necessidade de estudos técnicos para readequar a engenharia de trânsito, promover uma circulação segura e eficiente, e corrigir falhas de sinalização.
A responsabilidade no trânsito é compartilhada entre condutores, órgãos reguladores e gestores públicos. Especialistas apontam a importância da atenção dos motoristas, do aprimoramento da sinalização e da execução efetiva de soluções para conter a escalada de acidentes na região.
O Detran-DF reconhece a necessidade de ajustes na sinalização viária do Setor Noroeste e destaca estudos em andamento para melhorar a circulação de veículos, garantindo mais segurança e fluidez viária.
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