Ester García, a advogada da jovem que acusou Daniel Alves de agressão sexual, expressou profunda consternação com a absolvição do jogador pelo Tribunal de Justiça da Catalunha, após ter sido condenado a quatro anos e seis meses de prisão. Ela está considerando recorrer da sentença, porém, prioriza o bem-estar emocional de sua cliente para evitar prolongar o sofrimento pelo qual ela passou.
Em suas declarações à imprensa espanhola na sexta-feira, García afirmou: “Questionar uma mulher sobre suas ações antes de sofrer uma agressão sexual é um debate que não deveria existir no século XXI”. Ela está estudando uma apelação da sentença, levando em conta o impacto emocional na cliente.
O Ministério Público de Barcelona também está avaliando a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal da Espanha. A cliente de García está profundamente decepcionada com a absolvição, e a advogada alerta que essa decisão poderia desencorajar outras mulheres de denunciarem violências semelhantes.
García criticou a decisão do tribunal, apontando que a absolvição representa um retrocesso legal e social no combate à violência sexual. Ela enfatizou que a decisão não analisou de forma adequada todas as evidências apresentadas, o que, na visão dela, seria função de um tribunal de segunda instância.
Daniel Alves foi inocentado na sexta-feira pelo Tribunal de Justiça da Catalunha, baseado na “insuficiência de provas”. A sentença anterior de quatro anos e seis meses de prisão havia sido imposta em fevereiro de 2024. A decisão unânime do tribunal levou em consideração a falta de provas para a condenação inicial.
A absolvição anulou outros dois recursos simultâneos que buscavam aumentar a pena do jogador. A promotoria pública defendia nove anos de prisão, enquanto os representantes da vítima pleiteavam uma pena de 12 anos.
Publicado por Luisa Cardoso
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