Ministra, parlamentares e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestaram críticas ao ato bolsonarista em Copacabana, no Rio de Janeiro. A manifestação com o mote “pró-anistia” ocorreu na manhã de domingo.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, responsável pela articulação política do governo Lula, considerou a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Bolsonaro e outros sete como “contundente”. Em suas redes sociais, ela destacou que defender a anistia para os envolvidos no caso significa admitir a gravidade dos crimes cometidos contra o Estado de Direito e a democracia.
Gleisi enfatizou que Bolsonaro não possui “credibilidade para subir em palanques e se fazer de vítima”. Para ela, o julgamento e a punição desses criminosos são essenciais para impedir tentativas futuras de instalação de uma ditadura no Brasil.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro de Lula, destacou que o objetivo do ato bolsonarista é desmoralizar a democracia, desrespeitar as instituições e minimizar o golpe de 8 de janeiro.
“Portanto, o Brasil não pode tolerar a impunidade. Pedir anistia para os criminosos que sequer foram julgados é ridículo e visa mobilizar uma base aquecida a favor da democracia, com discurso autoritário e violento, marcas registradas do bolsonarismo”, rebateu Pimenta. “Não à anistia, Bolsonaro! Você não conseguirá promover mais uma tentativa de golpe no Brasil”, concluiu o deputado.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) advertiu para não cair em “armadilhas”, ressaltando que a anistia desejada por Bolsonaro não é para casos benevolentes, mas sim para os crimes cometidos na tentativa de golpe e assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
Farias enfatizou a necessidade de rejeitar o projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que propõe anistiar os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Ato “Fracassado”
O deputado federal André Janones (Avante-MG) usou as redes sociais para ironizar a baixa adesão ao ato convocado por Bolsonaro, chegando a questionar a falta de um milhão de pessoas previstas em Copacabana.
A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) classificou o evento como um “fiasco”, reforçando que “Bolsonaro será preso este ano” e que “golpistas devem ser presos”.
A manifestação não alcançou a quantidade esperada de apoiadores pelo ex-presidente. O evento foi marcado pelas críticas a Moraes, ao STF, ao presidente Lula e pelo pedido de anistia aos presos de 8 de janeiro.
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