Ambulantes na Barra pedem melhorias na plataforma e enfrentam dificuldades para vender bebidas durante o Carnaval. A estrutura construída pela prefeitura visando aumentar a segurança e evitar danos ao isopor não tem agradado os profissionais que atuam no local durante a festividade.
Em entrevista ao Bahia Notícias, alguns ambulantes ressaltaram que a presença do público em frente à balaustrada dificulta suas atividades comerciais, afirmando que o movimento de pessoas para a parte interna é mais vantajoso em termos de lucro. Adriana Jesus, que trabalha no evento há quatro anos, expressou sua insatisfação: “As pessoas ficam à frente de nós. O público não olha para o nosso lado. Aqueles que entram com o isopor são os mais beneficiados. Houve uma melhoria para evitar danificar o isopor, mas não para gerar lucro”, lamentou.
Outra ambulante, que não quis se identificar, apontou outra dificuldade: a falta de banheiros próximos. Ela descreveu a situação como problemática, relatando a necessidade de pular um muro para ter acesso a banheiros, uma prática desencorajada pela administração local, que prometeu a construção de uma plataforma mais ampla este ano para facilitar a mobilidade dos trabalhadores.
Ambulantes como Ana Cláudia reconhecem que a plataforma trouxe melhorias ao trabalho e segurança, porém, salientam que a escassez de banheiros é um obstáculo, especialmente devido à proximidade com a saída dos blocos, o que aumenta o fluxo de pessoas que entram na avenida simultaneamente. Ana ressaltou a necessidade de melhorias, como a instalação de banheiros próximos, enfatizando as dificuldades enfrentadas pelas profissionais para realizar suas necessidades básicas durante o evento. Além disso, Ana relatou que precisa manter sua caixa de vendas mais próxima à balaustrada para ser vista pelos foliões, já que muitos se aglomeram no entorno, dificultando a visibilidade dos produtos mais distantes.
Uma inspeção realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) na plataforma para ambulantes, localizada entre o Morro do Cristo e o Farol da Barra, identificou diversas irregularidades, como piso desgastado e desnivelado, sinalização inadequada das escadarias, inclinação excessiva e pregos expostos em alguns trechos, levantando preocupações sobre a segurança e a qualidade da estrutura.
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