A defesa de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, informou nesta sexta-feira (28) que ele está na Argentina há mais de 20 dias. Léo Índio é réu por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando houve invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Ele é primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), intimou a defesa na quinta-feira (28) para prestar esclarecimentos, após um vídeo em que Léo Índio afirma estar na Argentina por receio de ser preso ser veiculado por uma rádio paranaense.
A advogada do réu enviou ao Supremo um documento das autoridades migratórias comprovando que Léo Índio tem permissão para permanecer na Argentina até 4 de junho. Ele possui autorização para estudar, trabalhar e utilizar os serviços de saúde no país. A entrada na Argentina foi realizada por Puerto Iguazú, cidade na divisa com Foz do Iguaçu, no Paraná, onde se encontra a tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai.
Contexto
Léo Índio se tornou réu no Supremo devido à sua participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, após a Primeira Turma da Corte julgar a denúncia no mês anterior. Nesta sexta-feira (28), a maioria do colegiado decidiu negar um recurso da defesa, confirmando a abertura da ação penal.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Léo Índio por sua participação no ato antidemocrático de janeiro de 2023. A denúncia afirma que ele publicou imagens em suas redes sociais durante a invasão de prédios públicos, incluindo o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
As acusações incluem crimes como tentativa de golpe de Estado, associação criminosa, dano qualificado pelo uso da violência e ameaça ao patrimônio da União. Durante o julgamento da denúncia, a defesa defendeu a inocência de Léo Índio e argumentou contra a abertura do processo.
Apesar dos argumentos da defesa, a decisão de torná-lo réu foi mantida, indicando que ele deverá responder perante a Justiça pelos crimes imputados.
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