O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou através de suas redes sociais uma manifestação marcada para o dia 6 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo. O principal objetivo do ato é promover a aprovação do projeto de anistia aos detidos pelos acontecimentos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
Neste novo chamado, Bolsonaro e líderes de direita destacam a figura de Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira que vandalizou a estátua da Justiça em frente ao STF. Débora, que escreveu a frase “Perdeu, mané” com batom, enfrenta uma possível condenação de 14 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
“Por Débora, pelos inocentes de 8 de janeiro, pela anistia humanitária, sua presença é essencial”, convoca Bolsonaro em suas redes sociais.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também convocou para o dia 6 de abril, incentivando suas seguidoras a levarem um batom como forma de protesto contra a punição iminente à cabeleireira.
A direita adotou o batom como símbolo de apoio ao projeto de anistia aos detidos de 8 de janeiro e como crítica às penas consideradas excessivas impostas pelo STF, em especial ao ministro Alexandre de Moraes e demais membros da Primeira Turma.
O renomado criminalista Sergei Cobra Arbex comentou ao jornal Estado de S.Paulo que o caso da pichadora com batom tornou-se um ícone do julgamento dos eventos de 8 de janeiro em Brasília.
Para a advogada e professora de Direito da FGV, Luísa Ferreira, o caso emociona pela sua simbologia. Ela destaca a identificação de muitas pessoas com Débora e a substituição da arma pelo batom.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também aderiu ao uso do batom como símbolo de protesto. Ele ironizou o voto de Alexandre de Moraes, comentando que Débora “portava uma grande arma, um batom” durante seu discurso crítico no plenário da Câmara.
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