Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, reagiu às críticas feitas por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, durante uma manifestação no Rio de Janeiro. Tarcísio, ao pedir o retorno de Jair Bolsonaro à presidência e criticar o governo de Lula, desencadeou uma troca de palavras. Enquanto Bolsonaro, inelegível até 2030, afirma ser candidato em 2026, setores da direita consideram Tarcísio como um potencial sucessor. No entanto, o governador tem evitado confrontar seu ex-chefe, mantendo-se à frente do governo de São Paulo.
As palavras de Tarcísio contra o governo de Lula, motivadas pelo aumento nos preços dos alimentos, receberam pronta resposta de Gleisi Hoffmann. Ela enalteceu as contribuições de Lula para o país e afirmou que é Bolsonaro quem teme enfrentar as consequências legais, não Lula. Em meio a um cenário de tensões políticas, as manifestações convocadas por Bolsonaro evidenciam uma tentativa de demonstrar poder, especialmente às vésperas do julgamento de Lula no Supremo Tribunal Federal.
Gleisi também se posicionou sobre os envolvidos na tentativa de golpe em 8 de Janeiro, pedindo que sejam julgados e punidos conforme a lei, impedindo futuras investidas antidemocráticas. A petista ressaltou que acobertar tais ações seria um desserviço à democracia e ao estado de direito. O julgamento dos acusados, marcado para o próximo mês, envolverá graves acusações, como atentados contra a democracia e organização criminosa.
Apesar da alegação da direita de que a anistia visa beneficiar os presos supostamente ligados ao golpe, aliados de Bolsonaro veem na medida uma oportunidade de favorecimento político. O projeto de anistia aguarda ação no Congresso, dependendo da vontade dos líderes políticos para ser discutido e votado. É um cenário político complexo e incerto que sinaliza os embates e desafios que o país enfrenta.
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