Brasileiros vão de indignação a pena, diz Barroso sobre mulher que pichou estátua no 8/1

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Durante uma aula magna na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, abordou a trajetória de sentimentos do povo brasileiro em relação a episódios controversos, como no caso envolvendo Débora Rodrigues. A cabeleireira ganhou notoriedade ao participar dos atos de 8 de janeiro, onde pichou uma estátua da Justiça com a frase “perdeu, mané”.

Barroso destacou que a população brasileira transita da indignação inicial para um sentimento de pena à medida que o tempo passa. No entanto, ressaltou a importância da punição em casos como esse, para evitar precedentes negativos. Ele refletiu sobre a necessidade de responsabilização diante de atitudes que ameacem a estabilidade democrática, reforçando que a impunidade poderia incentivar condutas desestabilizadoras no futuro.

O julgamento de Débora pela Primeira Turma do STF revela divergências quanto à aplicação da punição, com diferentes visões entre os ministros. Enquanto Alexandre de Moraes votou pela condenação, Luiz Fux pediu vista do processo. Barroso salientou a complexidade do caso, enfatizando a necessidade de julgamento justo, embora tenha ponderado que a quantidade de crimes cometidos possa influenciar na severidade das penas aplicadas.

A decisão colegiada do Supremo em tornar réus Jair Bolsonaro e outros acusados pelos eventos de janeiro de 2022 reforça a importância do devido processo legal. Barroso enfatizou a necessidade de julgar o caso ainda este ano, visando preservar a lisura do processo eleitoral de 2026. Em resposta, Bolsonaro defendeu-se alegando perseguição política e criticando as alegações que resultaram em sua inelegibilidade até 2030.

Barroso ressaltou a importância do respeito ao devido processo legal, garantindo um julgamento justo e imparcial. Em um contexto de profundas transformações sociais, o ministro também abordou os desafios e impactos da inteligência artificial na sociedade contemporânea.

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