Em novembro de 2021, um caçador disparou contra uma ursa acompanhada de seus filhotes durante uma caçada de javalis em uma área protegida, desencadeando um processo judicial envolvendo outros quinze caçadores por diversas violações da lei de caça. O julgamento de André Rives, com 81 anos, foi iniciado no Tribunal Penal de Foix, a 766 km ao sul de Paris, com a acusação de “destruição de uma espécie protegida”.
A ursa, conhecida como Caramelles, foi alvejada por Rives, que alegou legítima defesa após a mesma supostamente tê-lo atacado. No entanto, a ação ocorreu em uma zona onde a caça é proibida, na Reserva Estadual de Mont-Valier, conforme apontado pela promotoria. Diversas ONGs de defesa dos ursos se uniram ao caso como partes civis, buscando garantir o respeito à proteção dos animais nos Pireneus, onde a espécie foi reintroduzida após sua extinção nos anos 90.
Para os defensores da vida selvagem, o desfecho do julgamento é crucial para a coexistência entre caçadores e ursos na região. Com a população de ursos nos Pireneus ainda vulnerável, pede-se a reposição dos animais mortos por medidas que compensem as perdas ambientais. O futuro dessa relação entre humanos e animais selvagens está em pauta, refletindo uma tensão constante que se intensifica em situações como a atual.
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