Recentes dados apontam que o desmatamento no Cerrado nos primeiros anos do governo Lula superou os registros observados no mesmo período da gestão de Jair Bolsonaro. De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos dois primeiros anos da atual administração, apesar de uma diminuição na área desmatada em relação ao primeiro ano, houve um aumento significativo no número de alertas emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).
Nos anos iniciais do governo Bolsonaro, os números de desmatamento foram consideravelmente menores em comparação. Especialistas apontam que o aumento no desmatamento no Cerrado pode estar associado à intensificação da fiscalização na Amazônia, tornando o bioma mais susceptível à devastação.
“De certa forma, eles se descuidaram aqui no Cerrado; por isso, os números aumentaram. É danoso esse desmatamento. O Cerrado já passa por um processo de extinção e, se continuar assim, pode desaparecer até 2030″, afirmou Raimundo Barbosa, especialista em planejamento e gestão ambiental.
O especialista ressaltou que a expansão da fronteira agrícola, em particular da soja, é um dos principais impulsionadores da devastação. Além disso, diversos fatores como agricultura, pecuária, urbanização, exploração de recursos naturais e queimadas, causadas pela ação humana e pela seca, contribuem para o desmatamento no Cerrado.
Embora os dados de 2025 tenham indicado uma redução no desmatamento em relação ao ano anterior, a preocupação permanece. É fundamental a conscientização e ações efetivas para preservação desse bioma essencial para o equilíbrio ambiental e o abastecimento hídrico.
Enquanto o desmatamento no Cerrado segue em destaque, há uma boa notícia em relação à Amazônia, que apresentou uma redução nos alertas de desmatamento. Esforços de monitoramento e proteção ambiental tornam-se cruciais para garantir a preservação de nossos ecossistemas e da biodiversidade para as gerações futuras.
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