O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter a candidatura de Jânio Natal, prefeito reeleito de Porto Seguro, com quatro votos a favor e três votos contra. O julgamento ocorreu em resposta ao recurso da ex-candidata a prefeitura, a deputada estadual Claudia Oliveira (PSD).
No centro da discussão estava o argumento da coligação da parlamentar de que Jânio estaria buscando um terceiro mandato consecutivo. Natal havia sido eleito prefeito de Belmonte em 2016, mas renunciou ao cargo, passando-o para seu irmão, o vice-prefeito Janival Borges, em 2017. Posteriormente, em 2020, foi eleito prefeito de Porto Seguro, exercendo seu primeiro mandato completo.
Apesar de votar a favor do deferimento, o ministro André Mendonça apontou indícios de possíveis irregularidades, sugerindo que a motivação por trás da renúncia em 2017 merece ser investigada para esclarecer se houve fraude. Por sua vez, Nunes Marques também votou a favor do deferimento, destacando a dificuldade em presumir uma suposta fraude ao considerar os eventos que levaram Jânio a ocupar sua atual posição.
Os ministros favoráveis ao deferimento foram Nunes Marques, André Mendonça, Antonio Carlos Ferreira (Relator) e Maria Isabel Gallotti, enquanto Carmen Lúcia, Floriano Marques Neto e Ramos Tavares foram contrários à manutenção da candidatura.
A decisão do TSE mantendo a candidatura de Jânio Natal em Porto Seguro reflete o desfecho de um processo controverso, que suscitou debates sobre poder familiar e a legalidade das ações do prefeito reeleito. Acompanharemos os desdobramentos dessa decisão e seus impactos no cenário político local.
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