O Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) acionou o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CESAU) do Ministério Público da Bahia para realizar uma investigação sobre o atendimento prestado pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Salvador e possíveis irregularidades. A entidade também solicitou a atuação da Coordenação do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do MP-BA para o caso.
Relatos frequentes de pacientes e familiares têm apontado deficiências nas UPAs, como superlotação, maus tratos aos pacientes atendidos no chão, falta de humanização no atendimento, situações semelhantes a violência no atendimento, demora excessiva, alocação inadequada de pacientes em estado grave e falta de profissionais de saúde para atender à demanda, motivaram a ação do Conselho.
O presidente do Conselho Estadual de Saúde da Bahia, Marcos Gêmeos, ressalta a importância de acompanhar de perto a qualidade dos serviços nas UPAs e responsabilizar a Prefeitura Municipal de Salvador por garantir condições adequadas de atendimento à população.
Segundo dados do último relatório do Plano Municipal de Salvador, divulgado pelo CES-BA, aproximadamente 70% dos pacientes atendidos nas UPAs recebem pulseira verde, indicando situação de pouca urgência e casos menos graves. Cerca de 10% recebem a pulseira azul, sinalizando falta de urgência, ou seja, quadros que não demandam atendimento imediato. Esses números levam à reflexão de que uma parcela significativa da demanda nas UPAs poderia ser resolvida em unidades de saúde menos complexas, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
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