Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, teve sua defesa solicitando ao Supremo Tribunal Federal a rejeição da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República no caso da suposta trama golpista de 2022.
O tenente-coronel Mauro Cid foi ouvido em mais de 12 ocasiões pela Polícia Federal de agosto de 2023 a dezembro de 2024, tendo firmado um acordo de delação premiada com as autoridades. Suas declarações desempenham um papel relevante no relatório da PF e na denúncia da PGR.
Os advogados de Cid defendem que sua participação se limitou a repassar informações, sem intenção de conspirar ou promover um golpe. A defesa ressalta que ele atuava como assessor do ex-presidente Bolsonaro apenas transmitindo dados às autoridades, devido à sua posição de ajudante de ordens e proximidade com o então presidente.
Não houve criação de conteúdo ou repasse a grupos, como a acusação sugere, para disseminar informações falsas. A defesa argumenta que Cid agiu dentro do seu dever legal e não teve qualquer participação nos acontecimentos de 8 de janeiro.
Em um período marcado por desinformação, a defesa destaca a dificuldade de discernir entre informações verdadeiras e falsas. Portanto, não seria adequado basear acusações em trocas de mensagens em grupos de WhatsApp.
Um trecho do relatório da PF menciona uma mensagem de Cid datada de 4 de janeiro, na qual ele comenta sobre possíveis acontecimentos. A defesa solicita a manutenção dos benefícios acordados pela colaboração premiada e argumenta contra a fundamentação de uma ação penal.
As defesas prévias dos denunciados pela PGR na trama golpista de 2022 questionam a atuação do ministro Alexandre de Moraes e reiteram argumentos já rejeitados pelo tribunal.
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