São Paulo — Nove escolas de samba brilharam novamente no Sambódromo do Anhembi entre o sábado à noite (8/3) e a madrugada de domingo (9/3) para o desfile das escolas vencedoras do Carnaval de São Paulo de 2025.
A noite contou com as cinco primeiras colocadas do Grupo Especial (Rosas de Ouro, Acadêmicos do Tatuapé, Gaviões da Fiel, Mocidade Alegre e Camisa Verde e Branco), as duas primeiras do Grupo de Acesso 1 (Tom Maior e Mocidade Unida da Mooca) e as duas primeiras do Grupo de Acesso 2 (Pérola Negra e Camisa 12).
A abertura ficou por conta da Camisa 12, que homenageou o Alafim de Oió, fazendo referência ao império Oió, localizado na região atual da Nigéria.
Em seguida, a Pérola Negra desfilou com o tema “Exu-mulher”, inspirado em uma tese de doutorado da Universidade de São Paulo que aborda os aspectos femininos da figura de Exu.
Após o Grupo de Acesso 2, a vice-campeã do Grupo de Acesso 1, Mocidade Unida da Mooca, apresentou o samba-enredo “Krenak – O presente ancestral”, contando a história do autor Ailton Krenak, primeiro indígena imortal da Academia Brasileira de Letras.
A Tom Maior foi a quarta escola a desfilar, celebrando “Uma Nova Angola”, uma homenagem ao sambista Martinho da Vila e à relação fraterna entre Brasil e Angola, com performances de danças africanas e afro-brasileiras.
Grupo Especial
O desfile do Grupo Especial começou com a quinta colocada, Camisa Verde e Branco, que prestou homenagem a Cazuza. Com o enredo “O tempo não Para, o poeta vive!”, a escola recontou a história do cantor e teve a participação de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza.
Em quarto lugar, a campeã do Carnaval de 2024, Mocidade Alegre, abordou a liberdade religiosa e a fé dos brasileiros com o tema “Quem não pode com mandinga não carrega patuá”. A escola contou com a participação de Thelminha, ex-BBB.
A Gaviões da Fiel, terceira colocada, apresentou o enredo afro “Irin Ajó Emi Ojisé – A Viagem do Espírito Mensageiro”, destacando as máscaras rituais de povos da África Subsaariana e a narrativa das divindades do Candomblé.
A Acadêmicos do Tatuapé, segunda colocada, abordou as desigualdades sociais com o samba-enredo “Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar”.
O desfile da vencedora, Rosas de Ouro, encerrou a noite com nostalgia, contando a história dos cassinos no enredo “Cassino da Brasilândia”.
Estas escolas encantaram o público com performances magníficas, mantendo a tradição e a grandiosidade do Carnaval de São Paulo. A folia e a alegria contagiaram o Anhembi, em mais uma noite memorável para o samba!
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