O dólar encerrou em queda de 0,21% nesta terça-feira (18), atingindo o menor patamar desde 24 de outubro do ano passado, sendo cotado a R$ 5,673. O dia foi marcado por oscilações da moeda norte-americana, que variou entre ganhos e perdas. Enquanto isso, o índice Ibovespa registrou alta de 0,48%, fechando aos 131.474 pontos. Esta valorização foi impulsionada pelo salto de 18,38% nas ações da JBS, após a BNDESPar decidir não votar sobre a proposta de dupla listagem da empresa nos Estados Unidos e no Brasil.
Os investidores estão atentos à “superquarta”, quando o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) e o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciarão suas decisões sobre as taxas de juros. Há expectativa de que o Copom eleve a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano, enquanto o Fed deve manter os juros entre 4,25% e 4,5%.
A definição das taxas de juros nos EUA tem impacto direto no interesse dos investidores por ativos de risco, como moedas de mercados emergentes. Manter os juros altos nos EUA torna os títulos do Tesouro americano mais atrativos, o que pode reduzir a procura pelo real. No entanto, a grande diferença entre as taxas do Brasil e dos Estados Unidos pode incentivar investimentos estrangeiros no país.
No cenário nacional, a proposta de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000 mensais também despertou atenção dos mercados. O projeto, enviado pelo governo Lula ao Congresso, beneficiará cerca de 10 milhões de contribuintes. Para compensar a redução na arrecadação, estimada em R$ 27 bilhões, haverá a implementação de um imposto progressivo sobre a alta renda, com alíquotas de até 10% para quem ganha mais de R$ 1,2 milhão ao ano.
A tensão no cenário global também teve impacto nos mercados. Os investidores acompanharam a escalada do conflito na Faixa de Gaza, que resultou em mais de 400 mortos de acordo com fontes palestinas. Na Europa, a Alemanha aprovou um pacote de endividamento para fortalecer suas defesas, medida que pode impulsionar a economia da região.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump dialogou com Vladimir Putin sobre um possível cessar-fogo na guerra da Ucrânia. A Rússia concordou em suspender os ataques à infraestrutura ucraniana por 30 dias, condicionando uma trégua total à interrupção do apoio militar ocidental a Kiev. A incerteza em torno do conflito e as novas tarifas impostas por Trump a parceiros comerciais geram cautela entre os investidores globais.
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