O empresário responsável pela casa noturna D-Edge, que recentemente sediou, ao lado de Baby do Brasil, um evento denominado “culto balada”, se pronunciou diante das polêmicas que cercaram a ocasião. O evento, realizado na última segunda-feira (10/3), foi marcado por relatos relacionados à “cura gay” e declarações sobre perdão a indivíduos envolvidos em crimes de abuso sexual.
Renato Ratier, dono da boate e convertido ao cristianismo há aproximadamente 4 anos, emitiu comunicado ao Metrópoles, no qual esclarece que algumas declarações feitas durante o evento não refletem sua perspectiva. Além disso, ele pediu desculpas àqueles que se sentiram ofendidos.
“Primeiramente, gostaria de expressar meu profundo respeito por todas as pessoas que foram impactadas por discursos de terceiros durante o culto e reafirmar os princípios que sempre nortearam minha conduta. Nunca foi minha intenção magoar ou desrespeitar qualquer pessoa”, afirmou o empresário.
“Sempre defendi que a justiça deve ser feita e que nenhum tipo de violência pode ser minimizado ou tolerado. Este é um problema sério, que requer uma resposta enérgica e a implementação de políticas públicas para proteger as vítimas e punir os agressores”, prosseguiu Ratier.
O empresário reiterou sua posição contrária à “cura gay”. “Gostaria de salientar que não subscrevo a ideia de ‘cura gay’ – essa concepção não tem fundamento e nunca fez parte de meus valores. Minha postura sempre foi pautada pelo respeito e apoio à comunidade LGBTQIAPN+, algo que se reflete inclusive na programação da D-Edge, que sempre acolheu a diversidade”, assegurou.
Por fim, Ratier esclareceu que a programação habitual da boate não foi modificada. “É fundamental ressaltar que a proposta da D-Edge permanece inalterada. O evento do culto foi uma situação excepcional e não se repetirá. O estabelecimento segue operando normalmente, oferecendo cada noite um espaço dedicado à música eletrônica, como tem feito ao longo de seus 25 anos de história.”
Controvérsias no “Culto Balada”
O culto foi marcado por testemunhos emocionantes e declarações controversas. Segundo a Folha de São Paulo, um dos momentos mais impactantes ocorreu quando um participante afirmou que, antes de se converter, vivia como travesti, mas que foi “curado” pela fé e é casado com uma mulher há 38 anos.
Essa declaração gerou diferentes reações na plateia, suscitando debates sobre a questão da “cura gay”.
Outro momento polêmico que repercutiu nas redes sociais foi um apelo de Baby à audiência presente. A cantora solicitou que as vítimas perdoassem seus agressores, inclusive se fossem membros da família.
“Perdoe tudo o que está em seu coração aqui hoje, neste lugar. Perdoe. Se houve abuso sexual, perdoe. Se foi cometido por um familiar, perdoe”, declarou.
Nas redes sociais, em antigo Twitter, os usuários manifestaram indignação e protestaram contra as falas da artista, chegando a exigir sua “interdição” e afirmando que tais discursos deveriam ser considerados crime.
Comentários Facebook