Eduardo Bolsonaro nos EUA enfraquece PL e embaralha direita para 2026, avaliam aliados e rivais

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Eduardo Bolsonaro nos EUA enfraquece PL e embaralha direita para 2026, avaliam aliados e rivais

Aliados e adversários do clã Bolsonaro analisam que a decisão de Eduardo Bolsonaro de deixar o Brasil e se mudar para os Estados Unidos terá repercussões desfavoráveis para o PL e seu grupo político nas eleições de 2026. Segundo esses agentes políticos, a ausência de Eduardo abre espaço para nomes de direita alinhados com o bolsonarismo, mas não necessariamente ligados aos interesses do partido.

A permanência de Eduardo nos EUA, longe do foco político no Brasil e em conflito com o ministro Alexandre de Moraes do STF, pode impactar a corrida eleitoral, dependendo da extensão de sua estadia e do suporte internacional que possa obter, sobretudo do governo Trump, para se opor ao governo Lula.

Eduardo, segundo deputado mais votado do PL nas últimas eleições, com 741 mil votos, surpreendeu muitos em sua legenda com a decisão de se licenciar e permanecer nos EUA, provocando incertezas em relação ao futuro do partido. A ausência do deputado poderá fortalecer outras figuras de direita que se distanciam do PL, como Ricardo Salles, que mira o Senado pelo Novo-SP, e o influenciador Pablo Marçal, que negocia filiação ao União Brasil visando disputar o governo de São Paulo.

A deserção de Eduardo representa um desafio para o PL, que enfrentará a próxima eleição sem figuras de destaque como Carla Zambelli, Capitão Derrite e o próprio Salles, comprometendo seu desempenho eleitoral. Essa mudança também prejudica a bancada do partido, segundo um membro da sigla, que acreditava na candidatura do deputado para manter a representatividade do partido.

Após justificar sua saída mencionando receio de ter seu passaporte cassado, Eduardo enfrenta críticas nos bastidores pela escolha de um momento inoportuno para deixar o país, especialmente após derrotas políticas para os bolsonaristas. Sua decisão se deu em meio a eventos mal sucedidos, como a manifestação em Copacabana, que não atingiu o público esperado, e a falta de apoio do centrão para a anistia pleiteada por Bolsonaro.

Enquanto aliados tentaram convencer Eduardo a retornar ao Brasil para evitar a percepção de fuga, alguns mantêm a esperança de que ele consiga apoio do governo Trump, fortalecendo a narrativa de perseguição política contra o bolsonarismo. No entanto, adversários interpretam a decisão como um sinal de desespero e duvidam da eficácia do movimento feito pelo deputado.

Em meio a um cenário de incertezas, parlamentares de esquerda buscam desconstruir a imagem de Eduardo, retratando sua saída como uma fuga das responsabilidades políticas, numa tentativa de minar sua influência diante dos eleitores indecisos.

Portanto, o cenário político brasileiro se movimenta com a saída de Eduardo Bolsonaro para os EUA, provocando rearranjos e incertezas tanto para o PL quanto para o campo da direita, à medida que se aproxima o horizonte das eleições de 2026.

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