Em uma sessão intensa e marcada por discussões acaloradas, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou uma mudança significativa: a alteração do nome da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para Polícia Municipal. A decisão, que contou com 42 votos a favor e 10 contrários, representa um marco na legislação da cidade.
Aprovado por mais de dois terços dos vereadores, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica não precisará passar pela sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB) por se tratar de uma modificação nesse âmbito. A sessão foi marcada por tensão, com a oposição condicionando a aprovação da mudança de nome a outros projetos, como o fim do formato híbrido de votação, adotado durante a pandemia, e a adoção de emendas parlamentares impositivas.
O texto, que conta com o apoio do prefeito Ricardo Nunes (MDB), foi proposto pela vereadora Edir Sales (PSD) e teve sua relevância reforçada após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que amplia a atuação das guardas civis municipais. Apesar da aprovação, a oposição manifestou a necessidade de um debate mais profundo sobre o assunto, pleiteando novas condições de trabalho e a criação de uma ouvidoria externa para a Guarda, equiparando-a às polícias.
O resultado da votação reflete um teste importante para a base do prefeito Nunes na Câmara, que não desfruta de uma maioria ampla. A sessão, que iniciou com a abertura às 18h e foi suspensa por duas horas para negociações, culminou na aprovação da mudança de nome, mas não sem ressaltar a complexidade do cenário político atual.
A decisão por trás da mudança de nome da GCM para Polícia Municipal representa mais do que uma simples alteração nominal. Ela reflete discussões aprofundadas sobre o papel e as funções dessas instituições, bem como as expectativas da sociedade em relação à segurança urbana. Como desdobramento, o prefeito Ricardo Nunes se comprometeu a encaminhar um novo Projeto de Lei à Câmara para estabelecer as diretrizes da reestruturação da GCM.
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