Em um marco importante para o possível novo primeiro-ministro, Alemanha aprova o maior pacote de estímulo desde a reunificação de 1989. Friedrich Merz, líder da CDU, obteve uma vitória considerável ao garantir a aprovação do maior pacote de estímulo econômico da Alemanha desde a reunificação. Com 513 votos favoráveis no Bundestag, a proposta inclui a modificação das regras do freio da dívida, isentando despesas relacionadas à defesa e alocando 500 bilhões de euros para infraestrutura. Merz ressaltou a urgência dessa medida em meio à formação de uma nova “comunidade de defesa europeia”.
A aprovação do pacote era essencial não apenas para a política econômica do país, mas também para o futuro político de Merz e a possibilidade de estabelecer uma nova “grande coalizão” entre a CDU/CSU e o SPD. O Tribunal Constitucional Federal, ao rejeitar ações contestando a votação, garantiu que o pacote pudesse ser aprovado pelo atual Parlamento, permitindo que a proposta avançasse.
Merz conseguiu angariar o apoio de sua coalizão conservadora, além do SPD e dos Verdes, formando uma maioria constitucional no Bundestag. No entanto, a proposta ainda precisa passar pelo Bundesrat, onde o FDP, defensor do freio da dívida, poderá tentar bloquear a aprovação final do pacote. Essa fase será decisiva para a implementação das medidas propostas.
Além de impulsionar a economia, a aprovação do pacote pode facilitar o fornecimento de armas para a Ucrânia no valor de 3 bilhões de euros. O fundo destinado à infraestrutura tem o potencial de aumentar o crescimento econômico da Alemanha em mais de dois pontos percentuais ao ano nos próximos dez anos. Entretanto, críticos do plano levantam preocupações sobre sua sustentabilidade a longo prazo, considerando-o desafiador.
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