Fábio Pinheiro Lopes, ex-chefe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), conhecido como “Fabio Caipira”, tomou medidas para proteger aproximadamente R$ 10 milhões em propriedades após ser mencionado em um inquérito. Através de uma sociedade anônima, ele transferiu fazendas, imóveis e capital em dinheiro para blindar seu patrimônio.
O delegado e sua esposa eram sócios da empresa Santa Helena Participações Limitada, que administra bens pessoais. Em 2024, eles transferiram para a empresa quatro fazendas e um apartamento em São Paulo e Mato Grosso do Sul, somando R$ 9,4 milhões, além de R$ 985 mil em dinheiro.
Caipira foi mencionado por um delator em setembro de 2024, em relação a supostos pagamentos de propina. Posteriormente, ele foi afastado do Deic em dezembro, e em janeiro seguinte transferiu seu patrimônio para uma sociedade anônima. Essa prática é comum entre empresários para evitar bloqueios em processos judiciais.
Em relação à delação envolvendo Caipira, houve controvérsias e falta de provas concretas. Apesar das acusações, ele acumulou um patrimônio milionário ao longo de sua carreira na Polícia Civil, sendo alvo de investigações no passado por possível enriquecimento ilícito.
Caipira, contudo, rejeita qualquer ligação entre sua movimentação financeira e as acusações. Ele afirma que as transações começaram antes de ser citado pelo delator. Após seu afastamento, ele declarou sua inocência e recebeu apoio do secretário de Segurança Pública.
Diante dos desdobramentos do caso, a situação de Caipira permanece em destaque, revelando uma trama complexa envolvendo autoridades e suspeitas de corrupção.
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