Uma projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta uma queda preocupante de 11,27% nas exportações brasileiras de aço e alumínio para os Estados Unidos. Essa redução é consequência da imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações desses produtos pelo presidente Trump. Prevê-se uma retração de 1,5 bilhão de dólares nas vendas, o equivalente a cerca de R$ 8,7 bilhões. Além disso, a produção nacional também deve ser impactada, com previsão de diminuição de 2,19%, e as importações devem recuar em 1,09%.
A economia brasileira depende consideravelmente do mercado americano, que representa mais de 10% do faturamento do setor de metais ferrosos, principalmente em produtos semiacabados. Mesmo com o impacto nas exportações, as projeções indicam que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil terá uma diminuição mínima, estimada em apenas 0,01%, a curto prazo.
O Ipea destaca a importância do diálogo com os Estados Unidos, sugerindo que o Brasil pode argumentar sobre o superávit comercial que os EUA possuem em relação ao Brasil. No entanto, ressalta-se a necessidade de cautela, uma vez que retaliações poderiam afetar insumos essenciais para a agricultura e indústria siderúrgica brasileira, como fertilizantes e coque, importados dos EUA.
Outras entidades, como o Instituto Aço Brasil e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), já haviam apontado a importância do diálogo para reverter a decisão americana, sendo essencial encontrar estratégias diplomáticas para não agravar a situação.
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