O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), manifestou preocupação com a dosimetria das penas atribuídas aos réus envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos três poderes. Ele enfatizou a importância de refletir sobre a fixação das penas e anunciou uma revisão nesse sentido.
Em relação à suspensão do julgamento da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou a estátua “A Justiça” com a frase “perdeu, mané”, Fux ressaltou que a emoção humana também permeia a magistratura, justificando a necessidade de uma análise cuidadosa.
Durante a sessão, Fux seguiu o voto do ministro Alexandre de Moraes e votou pela acusação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus envolvidos na trama golpista.
A repercussão do caso tem gerado críticas à corte, levando Fux a adotar medidas para reduzir a tensão. O ministro mencionou a importância de respeitar os termos jurídicos relacionados à democracia e ao Estado democrático durante a análise das penas impostas.
No decorrer da sessão, Fux defendeu a necessidade de uma análise contextualizada dos casos, em especial o de Débora Santos, acusada de vários crimes, incluindo abolição violenta do Estado democrático de direito. Moraes propôs uma sentença de 14 anos de prisão para a ré.
O processo envolvendo Débora incluiu debates sobre o vandalismo contra a estátua “A Justiça”, relacionando-a à dinâmica criminosa do golpe de Estado, conforme argumentado por Moraes e apoiado pelo ministro Flávio Dino.
A sessão de julgamento prosseguirá até a próxima sexta-feira, abrangendo detalhes da ação e a valoração da obra afetada, de autoria do renomado escultor Alfredo Ceschiatti.
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