Durante o desfile da Paraíso do Tuiuti na Sapucaí, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) teve seu discurso encurtado pela Globo, o que gerou grande repercussão. Ela representava Xica Manicongo, figura homenageada pela escola de samba. Xica, considerada a primeira travesti do Brasil, teve sua história abordada pelo enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”, que retratou sua vida desde a escravidão no Congo até sua chegada em Salvador, Bahia, no século 16.
Enquanto Erika Hilton falava sobre a importância de não silenciar os corpos trans, sua participação foi abruptamente interrompida. A repórter Mariana Gross precisou improvisar uma entrada ao vivo abordando detalhes técnicos dos carros alegóricos, como o material de fibra de vidro e isopor utilizados em sua construção.
Além do corte no discurso de Erika, a Globo também encurtou falas de outros participantes do desfile, porém a interrupção brusca da fala da deputada chamou atenção de telespectadores mais atentos.
A atitude da emissora gerou críticas nas redes sociais, com internautas lamentando a interrupção do discurso potente de Erika Hilton. Enquanto alguns comentaram sobre a importância de dar visibilidade a pautas LGBTQIA+, outros expressaram indignação com a atitude da Globo ao desviar o foco do discurso da deputada.
O episódio evidenciou a relevância de discutir e promover a visibilidade de temas como representatividade de gênero e luta LGBTQIA+. Erika Hilton segue como uma voz ativa em defesa dos direitos e da diversidade.
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