No mês de fevereiro, o Governo Central apresentou um déficit primário de R$ 31,673 bilhões. Esse número representa a diferença negativa entre as receitas e despesas do período. Em janeiro, havia sido registrado um superávit de R$ 84,882 bilhões. É importante ressaltar que esse resultado abrange as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. Esse desempenho foi o melhor em termos reais para o mês desde 2022, considerando que a série histórica do Tesouro começou em 1997.
No acumulado do ano até fevereiro, o Governo Central apresenta um superávit de R$ 53,184 bilhões, o que configura o melhor resultado desde 2022. Em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o superávit era de R$ 21,195 bilhões em termos nominais, houve um significativo avanço.
Em termos de receitas, fevereiro registrou um aumento de 2,3% em comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado, houve um crescimento real de 3,1%. Por outro lado, as despesas apresentaram uma queda de 12,6% em fevereiro, já considerando a inflação, quando comparadas ao ano anterior. No acumulado desses dois meses, a variação negativa foi de 4,8%.
Analisando os últimos 12 meses até fevereiro, o Governo Central apresenta um déficit de R$ 13,2 bilhões, equivalente a 0,09% do PIB. Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a relação entre as despesas e o PIB, como parte do esforço fiscal para a estabilização dos gastos públicos. No período de 12 meses até fevereiro, as despesas obrigatórias representaram 17% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias do Executivo corresponderam a 1,56% em relação ao PIB.
Para o ano de 2025, o governo estabeleceu como meta um resultado primário neutro (0% do PIB), com uma margem de variação de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. O limite para déficit é de até R$ 31 bilhões, enquanto o limite de despesas está fixado em R$ 2,249 trilhões para o ano corrente.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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