O Governo peruano decreta estado de emergência em Lima para combater o crime organizado. Na noite de domingo (17), o governo peruano anunciou a imposição de estado de emergência em Lima para combater o crime organizado, permitindo a intervenção das Forças Armadas em colaboração com a polícia. A decisão foi tomada em resposta ao aumento dos assassinatos relacionados à extorsão na capital. O chefe do gabinete ministerial, Gustavo Adrianzén, anunciou nas redes sociais: “Foi decidido que nas próximas horas será decretado estado de emergência em toda a província de Lima e na província Constitucional de Callao, com a mobilização de tropas das Forças Armadas em apoio à Polícia Nacional”.
A medida foi tomada após uma reunião entre a presidente Dina Boluarte e seus ministros, logo após o assassinato de um cantor de uma orquestra de cúmbia por um grupo de criminosos. O cantor do grupo ‘Armonía 10’, Paul Flores, foi morto quando criminosos em motos abriram fogo contra o ônibus da orquestra logo após uma apresentação em San Juan de Lurigancho, bairro a leste de Lima. O vocalista foi atingido por dois tiros, de acordo com o motorista do veículo. Gangues exigiam subornos de até 20.000 soles dos grupos musicais, incluindo o ‘Armonía 10’, para permitir suas apresentações.
A violência urbana no Peru atingiu níveis alarmantes nos primeiros meses do ano, com mais de 400 homicídios, conforme relatos da imprensa local. As autoridades têm recorrido frequentemente ao envolvimento das Forças Armadas para reforçar a segurança em Lima, situação que se intensificou após a crise migratória na Venezuela, o aumento do tráfico de armas e a presença de gangues como o “Tren de Aragua”, de origem venezuelana.
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