O governo de Javier Milei remove sigilo de arquivos da ditadura na Argentina
O governo argentino, sob a gestão de Javier Milei, revelou sua decisão de retirar o sigilo de documentos militares datados da ditadura (1976-1983) para consulta pública. A medida, anunciada no Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, tem como objetivo encerrar a opacidade que cercou esses registros por décadas, transferindo-os da Agência Federal de Inteligência para o Arquivo Nacional. Essa ação visa garantir transparência em relação a esse período histórico.
O presidente Javier Milei também desafia números históricos sobre vítimas da ditadura na Argentina, contestando a cifra oficial de aproximadamente 8.600 mortes. Organizações de direitos humanos defendem que o número de mortos e desaparecidos durante esse período ultrapassa os 30 mil. Milei tem afirmado que tais números não refletem a verdade, posicionando-se de forma contrária a essas estatísticas.
Essa atitude do governo Milei reforça sua postura em relação à memória da ditadura, que incluiu redução de investimentos em órgãos de direitos humanos. Tal postura gera questionamentos e críticas da sociedade civil e grupos de direitos humanos, que acusam o governo de promover um revisionismo histórico ao equiparar a repressão do Estado a ações de grupos armados através da chamada “teoria dos dois demônios”. Enquanto a Casa Rosada afirma buscar ampliar transparência e assegurar uma memória completa desse período conturbado.
Por fim, é fundamental que a sociedade acompanhe de perto essas movimentações e reflita sobre os caminhos adotados em relação à memória e justiça histórica.
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