O juiz federal Alderico Rocha Santos enfrentou a mais severa penalidade da magistratura, sendo compulsoriamente aposentado de suas funções no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) pela Corregedoria. A condenação ocorreu devido à compra de duas fazendas em Goiás, totalizando R$ 33,5 milhões, sem conseguir comprovar a origem dos recursos. A relatora do caso, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso, teve seu voto acompanhado por outros 13 magistrados da Corte Administrativa do TRF-1.
O magistrado, que recebia um salário de R$ 39,7 mil como juiz da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, teve sua conduta questionada pelo Ministério Público Federal (MPF) devido à falta de documentação que justificasse a aquisição das propriedades. As alegações envolveram ainda acusações de atos incompatíveis com a ética da magistratura, incluindo gestão de empresas e uso indevido da influência do cargo.
As disputas em torno das fazendas adquiridas por Rocha Santos revelaram uma série de desentendimentos com a antiga proprietária, Adriane Borges Inácio Campos, que denunciou o juiz por condutas questionáveis. Entre os principais pontos de discórdia estavam a origem dos recursos utilizados na transação, a incorporação de terceiros nos pagamentos e desavenças quanto aos procedimentos da transferência de propriedade.
Além disso, surgiram acusações de ameaças a testemunhas do caso, com o magistrado sendo acusado de intimidar indivíduos ligados à fazenda adquirida. As trocas de mensagens revelaram tentativas de pressão e afirmações de disponibilidade para recorrer a supostos “amigos brigões” para lidar com adversários, causando ainda mais tumulto ao desdobramento do caso.
Diante do cenário de alegações e contrapontos, que envolvem até mesmo embates com o empresário Carlinhos Cachoeira, a trajetória de Alderico Rocha Santos agora é marcada por um desfecho inesperado, que coloca em xeque sua carreira e reputação no cenário judicial. Acesse as próximas etapas dessa polêmica e acompanhe as repercussões desse caso envolvendo uma figura pública da magistratura.
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