Leila Pereira, presidente do Palmeiras, cogita a possibilidade de os clubes brasileiros abandonarem a Conmebol em razão de episódios de racismo nas competições promovidas pela entidade, propondo a adesão à Concacaf. Em uma declaração à TNT Sports, Leila questionou a incapacidade da Conmebol em coibir tais atos e em tratar os clubes brasileiros com o devido respeito, sugerindo que a alternativa poderia garantir maior valorização ao futebol nacional.
Apesar da sugestão, a viabilidade de tal mudança é considerada complexa e improvável. Para que os clubes brasileiros se associem a uma confederação fora de sua região, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teria que romper os laços com a Conmebol e buscar a adesão à Concacaf, um processo que requer a aprovação da FIFA. Isso acarretaria na participação da seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo da Concacaf, consideradas de menor competitividade em relação às da América do Sul.
De acordo com regulamento da FIFA, associações de continentes diferentes podem se filiar a uma nova confederação em circunstâncias excepcionais, mediante análise individual de cada caso. Para efetuar essa mudança, a CBF precisaria se desvincular com seis meses de antecedência e quitar pendências financeiras, além de obter aprovação formal da FIFA.
Leila também levantou a possibilidade de os clubes brasileiros desistirem da Libertadores e competirem na Copa dos Campeões da Concacaf. No entanto, essa alternativa dependeria de um convite, sujeito à aprovação da FIFA. Recentemente, a Federação Mineira de Futebol (FMF) solicitou o retorno de seus clubes à Libertadores, mas o pedido foi recusado pela FIFA.
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