Durante sua visita à Ásia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou o pedido de anistia feito pelo atual presidente Jair Bolsonaro, criticando veementemente sua postura e a atitude de seus advogados. Lula destacou a falta de coerência ao solicitar anistia sem sequer ter sido absolvido, insinuando que Bolsonaro tem consciência de suas ações. “No fundo, ele sabe que cometeu todos os equívocos pelos quais está sendo acusado”, afirmou.
Apesar da relevância do tema, Lula minimizou sua importância e negou ter tratado do assunto com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, durante a viagem. Ele reforçou que questões como essa seriam melhor discutidas em solo. Além disso, pontuou que a anistia está longe de ser uma prioridade em sua agenda.
Durante a visita, o foco principal de Lula foi fortalecer as relações comerciais com o Vietnã, participando do Seminário Empresarial Brasil-Vietnã. Enquanto isso, no Brasil, Bolsonaro e sete aliados se tornaram réus sob a acusação de tentativa de golpe em 2022. Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) não tenha proferido uma condenação, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou indícios de crimes no grupo, caracterizando-os como um “núcleo crucial” de uma organização criminosa voltada à subversão da democracia.
Em meio a esses acontecimentos, Bolsonaro tem defendido publicamente a anistia aos envolvidos nos eventos de janeiro de 2023, apesar das alegações de infundamento das acusações. Por outro lado, o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, sinalizou a falta de apoio ao projeto, indicando possíveis dificuldades em sua tramitação legislativa.
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