Após meses do trágico acidente envolvendo o avião da Voepass em Vinhedo, a jornalista Adriana Ibba, mãe da pequena Liz, de 3 anos, uma das vítimas fatais, compartilhou suas emoções ao saber que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu suspender, temporariamente, as atividades aéreas da companhia.
Adriana refletiu sobre a ausência de um termo específico para descrever a dor de uma mãe que perde um filho, em contraste com o viúvo ou viúva. Em suas palavras ao Metrópoles, ela expressou: “Quando um marido perde uma esposa, quando uma esposa perde um marido, tem a nomenclatura do viúvo, da viúva. Mas uma mãe, quando perde um filho, não tem no dicionário. Não é passível de nomeação”. Liz estava retornando de Florianópolis, onde passou o Dia dos Pais, no voo 2283 que se acidentou no interior de São Paulo.
A Anac esclareceu que, após o acidente aéreo em agosto do ano anterior, em Vinhedo (SP), que resultou na perda de 62 vidas, foi iniciada uma operação assistida de inspeção nas instalações da companhia aérea. Fiscalizações foram realizadas nas bases de operação e manutenção da Voepass para verificar a conformidade com os requisitos de segurança nas operações aéreas.
Segundo a agência, a suspensão é uma medida cautelar e permanecerá em vigor até que a empresa aérea “corrija as não conformidades relacionadas ao sistema de gestão conforme estipulado nos regulamentos”. A Anac determinou a interrupção das operações da companhia até que ela demonstre ter restabelecido a capacidade de garantir os padrões de segurança exigidos pela legislação em vigor.
Adriana recebeu a notícia com uma mistura de emoções. Ela descreveu: “Foi uma angústia, uma certa raiva, de algo que poderia ter sido feito lá atrás e não foi feito, e uma paz. Senti uma certa luz no fim do túnel”.
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