Após um violento terremoto de magnitude 7,7 atingir Mianmar durante a madrugada da última sexta-feira, os moradores de Mandalay, uma das cidades mais afetadas, vivem momentos de agonia. Relatos apontam que muitas pessoas permanecem presas sob escombros, com equipes de resgate lutando contra o tempo para salvá-las.
Após mais de 30 horas do desastre, vítimas ainda são encontradas soterradas, enquanto moradores denunciam a falta de recursos para lidar com a situação. Os destroços abrigam sobreviventes em prédios e residências, resultando em um cenário devastador.
Os socorristas enfrentam uma corrida contra o relógio, prevendo que o número de mortos em Mandalay possa ultrapassar 1.500 pessoas, conforme agravam-se as condições das operações de resgate.
De acordo com autoridades de Mianmar, o saldo atual de vítimas já contabiliza 1.644 mortos e 3.408 feridos, a maior parte deles em Mandalay. Os números tendem a se elevar à medida que mais vítimas são resgatadas dos escombros.
Os feridos estão sendo direcionados ao Hospital Geral Pytin Oo Lwin devido aos danos estruturais na via expressa que conecta a cidade ao restante do país. Enquanto isso, hospitais temporários estão sendo instalados no aeroporto para atender à crescente demanda devido à gravidade da situação.
Emergência e Caos Pós-Terremoto
O abalo sísmico resultou na destruição de prédios, colapso de pontes e danos severos em estradas em várias regiões de Mianmar, especialmente em Mandalay. Com as seis áreas mais afetadas declaradas em estado de emergência, a capital Naypyidaw viu médicos atendendo feridos ao ar livre devido à superlotação nos hospitais.
Na Tailândia, país vizinho impactado pelos tremores, autoridades confirmaram 10 mortes, 42 feridos e 78 desaparecidos, sendo a maioria das vítimas proveniente de um canteiro de obras próximo ao mercado Chatuchak, onde um prédio desabou. O risco persiste, com previsões iniciais indicando um número ainda maior de desaparecidos.
Ameaça de Liquefação do Solo
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) emitiu um alerta sobre o perigo de liquefação do solo em áreas de Mianmar após o terremoto. Estima-se que mais de um milhão de pessoas residam em zonas propensas ao fenômeno, agravando ainda mais a situação.
A liquefação, provocada pela saturação do solo em água, transforma a terra em um fluido, intensificando os estragos e complicando as operações de resgate. O cenário se torna mais desafiador diante da perspectiva de danos adicionais no país.
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