O Controle de Missão da empresa anunciou com entusiasmo: “Estamos na Lua”, confirmando o sucesso do pouso do módulo lunar privado Blue Ghost a partir dos arredores de Austin, no Texas. O pouso suave e vertical tornou a Firefly a primeira empresa privada a alcançar esse feito, sem incidentes, tornando-se uma realização notável comparável apenas às conquistas de grandes potências espaciais como Rússia, Estados Unidos, China, Índia e Japão.
A descida segura e controlada do módulo de pouso ocorreu de forma autônoma, com destino às encostas de uma antiga cúpula vulcânica, localizando-se em uma bacia de impacto no nordeste do hemisfério lunar virado para a Terra. Essa conquista marca um marco significativo na exploração espacial conduzida por empresas privadas.
Além da Blue Ghost, outras duas empresas também estão envolvidas nessa ambiciosa jornada lunar. A chegada da próxima nave, da Intuitive Machines, está prevista para quinta-feira, enquanto a terceira, da empresa japonesa ispace, se aproxima do objetivo de alcançar o satélite natural da Terra em três meses.
Lançado em meados de janeiro a partir da Flórida, o módulo de pouso da Firefly, com dois metros de altura, transportava uma carga valiosa de 10 instrumentos destinados à NASA. A agência espacial norte-americana desembolsou 101 milhões de dólares pela missão e mais 44 milhões de dólares pela tecnologia e ciência embarcadas.
Entre os itens transportados encontram-se um aspirador de detritos lunares para análise, uma broca para medição da temperatura em grande profundidade e um dispositivo para lidar com a poeira lunar abrasiva, um desafio enfrentado pelos astronautas do passado. Essas missões fazem parte do programa comercial de entrega lunar da NASA, buscando estabelecer uma economia lunar competitiva com participação de empresas privadas, preparando o terreno para futuras explorações humanas na Lua.
A NASA planeja manter um ritmo de duas missões lunares privadas por ano, ciente de que nem todas serão bem-sucedidas. Diferentemente das empreitadas anteriores da NASA na Lua, que envolviam orçamentos bilionários e astronautas experientes, as empresas privadas operam de forma mais enxuta, com naves robóticas que devem executar pousos de forma autônoma.
A chegada bem-sucedida da Blue Ghost representa mais um passo rumo à exploração espacial comercial e ao estabelecimento de uma presença contínua na Lua. A saga espacial continua com promessas de novas descobertas e realizações sem precedentes.
Comentários Facebook