O trabalhador autônomo, Renan Lima Vieira, tornou-se réu pelo crime de incêndio culposo, não intencional, que resultou na tragédia em Valparaíso de Goiás. O acidente vitimou fatalmente um casal e seu bebê, que caíram do sétimo andar após o apartamento ser consumido pelas chamas desencadeadas pela aplicação de um impermeabilizante de sofá.
A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) foi aceita no dia 12 de março. Segundo a acusação, o réu foi responsável pela impermeabilização no apartamento do casal Graciane Rosa de Oliveira e Luiz Evaldo Lima. As investigações apontaram que o homem agiu de forma negligente e descuidada ao manusear um produto solvente, não prestando as devidas orientações aos moradores e descumprindo os procedimentos de segurança necessários.
O incêndio vitimou não apenas Graciane e Luiz Evaldo, mas também o filho recém-nascido do casal, Leonardo Oliveira de Lima. Além disso, o cachorro da família faleceu, enquanto a avó de Graciane, Maria das Graças Oliveira, sofreu ferimentos graves.
As instruções do impermeabilizante enfatizavam o alto risco de inflamabilidade do produto, alertando que jamais deveria ser utilizado em ambientes pequenos e fechados, além de não permitir a presença de faíscas ou fontes de calor próximas durante a aplicação.
De acordo com o MPGO, tais orientações não foram seguidas e nem repassadas às vítimas, uma vez que a avó de Graciane acendeu o fogão para cozinhar enquanto o produto era aplicado.
Quando as chamas se iniciaram, o acusado e a avó de Graciane conseguiram escapar do apartamento, porém o casal e o bebê ficaram retidos no quarto. Enfrentando o fogo, tentaram se proteger na janela, mas acabaram caindo do sétimo andar do edifício.
Em seu depoimento, o réu admitiu não ter verificado o produto antes da aplicação. A promotora que conduz o caso também mencionou que Renan realizava trabalhos de higienização e impermeabilização de sofás esporadicamente e sem a devida habilidade técnica. Neste caso específico, ele executou o serviço por conhecer Graciane há bastante tempo e ter se prontificado a ajudar.
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