O Ministério Público de São Paulo (MPSP) está buscando aumentar a pena da mulher e do filho envolvidos em ataques racistas ao humorista Eddy Junior, chamando-o de macaco em um condomínio de São Paulo, em 2022. Após serem condenados, o MP entrou com um recurso na Justiça argumentando que a decisão não considerou devidamente a gravidade do crime e suas consequências.
Elisabeth Morrone foi condenada a um ano e dois meses de reclusão em regime aberto, mais um mês e cinco dias de detenção, além do pagamento de 11 dias multa. Já Marcos Vinicius Morrone Sartori, filho de Elisabeth, recebeu uma pena de dois meses de detenção em regime aberto.
A promotora Natália Rosalem Cardoso argumentou que a vítima sofreu transtornos psicológicos devido à conduta de Marcus Vinicius, e que Elisabeth já havia tido desentendimentos com outros moradores do condomínio. Por essas razões, o MP solicitou penas mais severas e uma indenização mínima por danos morais.
Além disso, Eddy Junior, vítima da ofensa, entrou com recurso de apelação para que o caso seja avaliado em instância superior.
Os réus também recorreram da decisão. O advogado José Beraldo declarou discordância com a pena aplicada e está buscando anular a condenação de Marcus Vinicius, que é autista e dependente da mãe.
Beraldo alega ter provas de que Elisabeth não chamou Eddy de macaco, mas sim de “caco”, e que o humorista teria provocado a vizinha. No entanto, Eddy denunciou ataques racistas, incluindo ameaças de morte, proferidas por mãe e filho.
Diante do ocorrido, todos os envolvidos deixaram o condomínio após o episódio.
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